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Jornalista: Hoje é nosso dia!

Sim, somos aspirantes a jornalistas e em breve futuras jornalistas!
Expressamos nossa opinião e temos o dever de levar a todos vocês o que mais interessa!
Hoje é nosso dia e o post especial sobre ele, você encontra abaixo:
O texto é da jornalista do Paraná, Mary Camata.

PS: Não fique com preguiça de ler! haha


Dia do Jornalista: temos motivos pra comemorar?



O Dia do Jornalista é comemorado no Brasil no dia 7 de abril, em homenagem ao jornalista João Batista Líbero Badaró, brasileiro de origem italiana que morreu assassinado por inimigos políticos, no Estado de São Paulo, em 7 de abril de 1830, durante uma passeata de estudantes em comemoração aos ideais libertários da Revolução Francesa.



Nós, os jornalistas, trabalhamos em qualquer lugar do mundo com um único objetivo maior, que é levar a informação a qualquer lugar que seja. Nós jornalistas somos responsáveis por ajudar a produzir cultura, a constituir ou a desconstituir movimentos coletivos, a legitimar ou questionar relações de poder estabelecidas na sociedade através do nosso forte poder de influência pois produzimos a interpretação da realidade através dos nossos olhos.



A primeira vez que senti que o espírito jornalístico faria parte de minha vida, foi quando na última Copa do Mundo de Futebol (2006), estava fazendo fotos das comemorações nas ruas, e alguns policiais, para tentarem acalmar os ânimos dos fanfarrões, acabaram por soltar bombas de efeito moral no meio do povo. Somado a socos e pontapés, fotografei uma senhora oferecendo propina a um policial para poder tirar o marido fanfarrão do camburão. Estava ali o meu momento mais marcante. Não hesitei e cliquei o fato.
Foi daí que surgiu aí um fato que marcou a minha vida: o policial, ao se ver fotografado não gostou da minha atitude e, violentamente, tomou a câmara de minhas mãos, e de maneira muito ameaçadora acabou por me fazer apagar todas as fotos que havia tirado, depois, com muita grosseria, ainda me ameaçou de que me “mandaria para o camburão”. Eu, que nada mais estava fazendo do que o meu simples trabalho de jornalista, acabei por me sentir como tantos outros jornalistas pelo mundo afora e que são maltratados, presos ou proibidos de realizarem o seu próprio trabalho. Como o caso que aconteceu no mês de janeiro, quando um jornalista russo morreu depois de ser agredido sob custódia policial, em mais um caso de abuso por parte das autoridades no país. O suposto agressor, o policial Alexei Mitayev, de 26 anos, foi indiciado por lesão corporal qualificada e abuso de autoridade, disse a comissão de investigação. Mitayev admitiu a agressão, alegando estar estressado e foi exonerado do cargo. Desde 2000, pelo menos 17 profissionais russos da imprensa foram mortos devido ao seu trabalho, mas em só um caso os responsáveis foram condenados, segundo o Comitê para a Proteção de Jornalistas, com sede nos EUA.
Sei que aquilo que passei, não foi quase nada perto do que muitos jornalistas passam defendendo a nossa profissão, mas, se antes eu já tinha uma certa vocação, aquele policial fez nascer em minha uma verdadeira paixão pelo que faço.
Hoje, aproveito a data para fazer uma breve reflexão sobre que papel cada um de nós jornalistas, seja com diploma ou sem ele, está desempenhando dentro da nossa sociedade. Se nós lutamos tanto pela liberdade de imprensa, o nosso maior aliado deve ser o respeito, não somente a nós jornalista, mas o respeito ao próximo, respeito à nossa credibilidade, à nossa profissão.

* Mary Camata é jornalista pós-graduada.

 
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